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Lá vem ela: saiba identificar os principais alertas no período das chuvas

Atualizado: 24 de jan.

Em Macapá, áreas de ressaca são as mais afetadas com alagamentos.

Por Leticia Amorim e Fernanda Miranda

Edição Fábio Maciel

chuvas
Nuvens de chuva se formam na orla de Macapá. Foto: Arthur Corrêa.

No início de cada ano ela já é esperada. As chuvas do inverno amazônico que predominam ao longo dos primeiros meses do ano fazem parte da rotina dos nortistas. Mesmo com aquele "climinha europeu" que muitos gostam, é preciso estar atento aos perigos frequentes da estação.


“No estado do Amapá o período de chuvas começa, normalmente, em dezembro e finaliza no mês de julho, inteirando cerca de oito meses. Essas chuvas tendem a aumentar no início do ano, chegando ao seu pico máximo no mês de março, estabilizando os valores de aproximadamente 450mm nos meses de março, abril e maio”, explica o meteorologista do Instituto de Ensino e Pesquisa do Amapá (Iepa), Dr. Jefferson Vilhena.


De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão do tempo para os próximos dias, entre os dias 22 a 31 de janeiro, é de intensos volumes de chuva, que podem passar de 70 milímetros em grande parte da Região Norte. Em Macapá, a Defesa Civil Estadual emitiu alerta meteorológico na sexta-feira (19) apontando fortes chuvas acompanhadas de raios, rajadas de ventos e trovoadas em todo estado.


As zonas baixas da cidade são as mais acometidas pelos grandes volumes de chuvas. Com a elevação das águas nas áreas de ressaca, há muitos transtornos à população como a perda de móveis e eletrodomésticos, o que deixa famílias em situação de vulnerabilidade.


Em Macapá, a motorista de aplicativo Marinete Pantoja, 48 anos, moradora do bairro Cidade Nova 2, sem condições para elevar o piso da sua casa, sofre com alagamento mesmo em dias com chuvas leves.


“Acredito que esse problema já faz uns cinco a seis anos que a minha casa alaga em virtude das chuvas. Isso intensifica mais quando tem a lançante mais as chuvas. Já perdi alguns móveis em virtude desse alagamento. E é um transtorno, além das perdas materiais, a gente tem a questão do psicológico. As lajotas da minha casa estão quebrando, é todo um transtorno”, lamenta Marinete.


Assista ao vídeo gravado pela moradora durante enchente em sua residência.


Saiba o que fazer

Coordenador de Defesa Civil de Macapá, Aldair Santos. Foto: Fernanda Miranda.

O coordenador de Defesa Civil de Macapá, Aldair Santos, ressalta os principais cuidados a serem seguidos nos dias chuvosos. “As recomendações quando acontecem essas situações de sinistro são para que a população, principalmente que mora em áreas de ressaca, tenha cuidado no contato com essa água que pode ou não estar contaminada", recomenda.


Aldair Santos alerta também para qualquer alteração nos níveis de água nessa área, entrar em contato com a Defesa Civil pelo 199, ou pelo Corpo de Bombeiros, 193, para prestar os atendimentos. Em casos específicos, o órgão emitirá o laudo da condição verificada e colocará à disposição do aluguel social. Veja mais orientações do coordenador no vídeo a seguir:



O Instituto Nacional de Meteorologia classifica os alertas meteorológicos em três cores conforme o grau de gravidade. É uma forma da população ficar atenta às previsões de maneira simples e direta. Entenda:


Alerta amarelo significa “perigo potencial”. São situações meteorológicas potencialmente perigosas que estão sendo previstas.


Alerta laranja significa “perigo”. Há riscos de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores e alagamentos.


Alerta vermelho significa “grande perigo”. Com o alerta mais grave, há riscos de grandes alagamentos, transbordamentos de rios e deslizamentos de terras. Felizmente, não é recorrente em nosso estado.


“Nós da meteorologia aqui do estado, juntamente com o pessoal da Defesa Civil Estadual e Municipal, emitimos o alerta para a população quando a gente tem um alerta laranja e a confirmação da previsão por vários outros modelos. Quando tem um alerta amarelo, a gente entra em verificação e observação com os outros modelos para fazer as análises e, caso seja confirmado, é enviado então esse alerta para a população”, explica o meteorologista Jefferson Vilhena.

Contatos para emergência. Fonte: Arthur Corrêa.




1 comentário

1 comentário


Gabriela De Matos
Gabriela De Matos
24 de jan.

Que interessante, ótima matéria. 👏🏼

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