top of page
Foto do escritorLorena Lima

Grupo Ciranda Materna junto ao Levante Feminista realizará no sábado live sobre violência obstétrica

Debate faz parte da programação do mês Agosto Lilás, período destinado ao combate a violência contra mulher.


Gravidez. Foto: Acervo Pixabay

Neste sábado (14) às 9h30 da manhã, o Grupo de apoio à mulher durante a gestação e maternidade ‘Ciranda Materna’ promoverá live no Instagram @cirandamaterna.ap sobre a violência obstétrica. A iniciativa tem parceria do Levante Feminista e contará com apresentação de enfermeiras que pesquisaram sobre violência obstétrica contra mulher em Macapá.

Através das redes sociais grupo Ciranda Materna conscientiza as mulheres sobre violência obstétrica, que configura em todo e qualquer tipo de violência contra gestantes no pré-natal, durante o parto, no pós parto e em casos de abortamento, a violência pode ser verbal e/ou física.

Segundo o estudo Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado, 1 em cada 4 mulheres é vítima de violência obstétrica.

A pedagoga e membro do Ciranda Materna e do Levante Feminista, Priscylla Resque, fala sobre alguns procedimentos médicos não indicados e não proibidos categorizados como violência obstétrica: “a manobra de kristeller que é empurrar a barriga da gestante para descer o bebê, o uso de fórcepis que parece um gancho inserido dentro da vagina, a episiotomia, que é o corte realizado na vagina para ampliar o canal do parto”. verbal quando o médico manda a mulher parar de gritar ou comentários machistas como ‘na hora de fazer não achou ruim'".

Episiotomia, corte realizado na vagina para facilitar saída do bebê durante o parto. Foto: Baby Center Brasil

Todos esses procedimentos obstétricos podem causar danos a saúde tanto da mãe quanto do bebê, pois sendo realizados para ‘facilitar’ o parto sem o consentimento da mulher, como é o caso da manobra de kristeller e a episiotomia, têm potencial de causar o sofrimento e prejudicar a recuperação do parto.

“A violência obstétrica é muito sutil, e um campo minado, pois em alguns estados já existem leis estaduais que criminalizam a violência obstétrica como por exemplo Tocantins e Santa Catarina. Estamos em uma luta processo de formiguinha para criminalizar esses procedimentos violentos, e é um assunto muito polêmico que envolve a classe médica”, explica Priscylla.

Para a pedagoga, muitas mulheres de baixa renda que são atendidas nas UBS não conhecem a dimensão da problemática e sofrem em silêncio. É importante que todo caso de violência obstétrica seja denunciado na ouvidoria hospitalar, vale ressaltar que a maternidade Mãe Luiza ainda não possui esse espaço de denúncia. Sem o espaço não há como realizar ouvidoria e ainda que consiga se denunciar dificilmente vai adiante

Priscylla, que também é mãe, passou por uma episiotomia consentida e sua recuperação dolorosa. No período pós parto sentia dores e dificuldades em manter relações sexuais. Cada caso é particular para cada mãe durante o período gestativo, por isso é importante estar atenta aos próprios limites, saber que ser respeitada pelos profissionais da saúde é um direito.

Mãe e bebê recém nascido. Foto: Acervo Pixabay

0 comentário

Comments


bottom of page