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A COVID-19 E A SOLIDARIEDADE

Por Angley Pantoja


No Brasil, o primeiro caso confirmado da COVID-19 foi no estado de São Paulo, no dia 24 de fevereiro, a vítima foi um empresário que retornou da região da Lombardia, Itália. Até ontem, 9 de abril, segundo informações das secretarias estaduais de saúde, o número de casos confirmados da COVID-19 eram 14.049 e com um total de 688 mortes. Todos os estados brasileiros já confirmaram óbitos pelo Novo Coronavírus, com exceção de Tocantins.


No Brasil, por meios de decretos, foi instituído o período de quarentena/distanciamento social de toda a sua população, com exceção dos serviços essenciais (Limpeza de ruas e hospitais, área da saúde, farmácia, supermercados). Essas medidas objetivam amenizar a propagação do vírus.


O isolamento social é a medida preventiva com maior eficácia contra a pandemia, mas com menos pessoas nas ruas, nas boates, nos teatros e outros espaços de consumo coletivo, trabalhadores autônomos, informais e artistas sentem o impacto financeiro.


Em Macapá, uma conversa informal com o “flanelinha”, de 49 anos, Cláudio Santos, indica o medo de passar fome e de não conseguir levar o alimento à família. “O distanciamento social é importante, mas a gente trabalha na rua e não pode fazer nada, se eu não sair não entra dinheiro em casa”, reiterou.


As condições de risco geraram ações políticas no âmbito dos governos para os auxílios emergenciais. Entretanto, se espalha na sociedade a solidariedade para enfrentamento às dificuldades econômicas que as famílias sofrem e ainda sofrerão com o isolamento social e fechamento dos comércios. São Órgãos, Organizações e Pessoas ativas para arrecadar e distribuir alimentos e material de higiene. São diversas ações que estão acontecendo pela cidade, nos bairros, em comunidades periféricas, em grupos de whatsapp, por profissionais de saúde ou educação. Vamos, aqui, assinalar apenas algumas.


No Amapá, “A solidariedade nos une” é uma campanha idealizada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), a Associação Médica Brasileira (AMB) e o Centro de Referência em Atendimento à Mulher (CRAM). Foi solicitado o apoio da Policia Militar (PM), que imediatamente se prontificou na ajuda com arrecadação e logística de distribuição de cestas básicas. A distribuição será feita para as pessoas que já estão no Cadastro Único. Começou dia 2 e vai até dia 11, amanhã. Dúvidas podem ser retiradas no Comando Geral da Policia Militar, no bairro Beirol, zona sul de Macapá e os itens podem ser doados até o dia 11 de abril.



Foto: GEA/Divulgação


O Conselho Estadual LGBT+ e o Conselho Municipal LGBT+ de Macapá comunicam para a população LGBT+ do Amapá um auxílio emergencial que será solicitado pelos Conselhos ao Governo do Estado e Prefeitura de Macapá para a população LGBT+ em situação de vulnerabilidade social, em decorrência da pandemia do COVID-19. O preenchimento do formulário não garante o recebimento de qualquer benefício social, pois depende ainda de análise do Poder Público. O formulário está disponível na Página do Facebook do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT.


Em nível nacional, no Rio de Janeiro, René Silva, fundador do jornal Voz das Comunidades, explica para o portal https://www.agenciabrasil.ebc.com.br/ que, desde a divulgação das medidas de isolamento social e de cuidados com a higiene, ele convocou amigos e empresários para projetos que ajudam a amenizar o problema nas favelas e chamar a atenção do poder público, afirmando que há impossibilidade da maioria dos moradores das comunidades em trabalhar em casa.


De São Paulo e para todo o país, a Fundação Tide Setubal tem a iniciativa de lançar um edital para enfrentamento ao Coronavírus nas Periferias. “Matchfunding enfrente” é a plataforma que financia ações de combate à pandemia do Novo Coronavírus, nas áreas periféricas brasileiras. Em parceria com a Benfeitoria, qualquer pessoa pode mandar uma proposta de como ajudar nesse período de pandemia. Você pode tirar dúvidas e mandar sua iniciativa pelo link: https://www.benfeitoria.com/enfrente/




A economia de todos os países está sendo atingida. As estatísticas nos revelam, diariamente, através das mídias sociais e programas televisivos. Mas, também revelam que a saúde deve ser prioridade, uma vez que, sem vida não há economia. Politicas de governos Municipais, Estaduais e Federal estão sendo tomadas para não colapsar os eixos (econômicos, sociais e de saúde).


O período sombrio que atinge o mundo todo (países ricos e pobres) eleva a importância do viver em sociedade, mesmo que distantes fisicamente. Essa pandemia nos traz uma grande reflexão sobre a forma de viver: O quão um simples aperto de mão, um abraço ou socializar com amigos tem um valor inestimável.


O isolamento social traz um ponto positivo: a valorização e aproximação entre as pessoas, especialmente no espaço doméstico e familiar. Geralmente a rotina de trabalho distancia os pais e filhos, irmãos e irmãs, mas com o período de quarentena eles têm uma oportunidade estarem juntos. E, mesmo à distância, por meio das ações sociais virtuais para amparar as comunidades periféricas em momento de risco socioeconômico, também vemos a união de pessoas.

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